domingo, 13 de fevereiro de 2011

U Smile - Capítulo 16

Continuando...
Chegando no carro. Abro a porta do passageiro e sento no banco. Fecho a porta. Enquanto faço isso, minha mãe coloca a chave na ignição e o meu irmão senta no banco de trás. Coloco o sinto de segurança e respiro fundo. Minha mãe liga o carro e começa dar ré. O carro começa a andar, e a cada metro que o carro anda, meu coração dispara. Não sei porque isso acontece, mais eu sofro de ansiedade. Isso é uma coisa séria! Nesse momento o carro está parado. O semáforo está vermelho. Então eu paro o meu pensamento e pergunto para a minha mãe:
- Mãe, cade o papel com o endereço? - olho para ela. Ela está com a mão no volante e olhando para frente esperando o semáforo abrir.
- Está aqui. - ele tira do bolso da sua calça, um pedaço de papel branco que foi dobrado várias vezes. Ela me da. - Toma.
Pego o papel, e desdobro-o. Leio o que está escrito. "Avenida Roseberry, número 202".
- Só isso? - falo mostrando o papel.
- Porque? - ela olha para mim e depois de um segundo, olha para a frente. O sinal fica verde e ela começa a dirigir de novo.
- Não tem bairro? - olho de novo para o papel, e depois para o espelho da lateral do carro e vejo o meu irmão revirando os olhos.
- (seunome), eu não peguei o nome bairro, porque é perto do Hospital. Eu sei onde fica. E como hoje eu estou te levando, da próxima vez que você for, não vai precisar do endereço. Estou certa? 
Faço que sim com a cabeça.
- Você ta certa. Desculpa. - olho para a janela.
- Não precisa se desculpar.
Abro a janela do carro e fico olhando as paisagens. Gosto da minha cidade, por do cheiro das flores. Amo flores. Tulipas vermelhas, são as que eu mais gosto. Passam mais ou menos uns 5 minutos. E eu ainda estou olhando as paisagens e pensando em como vai ser o meu dia de hoje. Paro um instante de pensar e fecho os meus olhos. Sinto o carro da minha mãe estacionar. Meu coração dispara.
- Chegamos (seunome)! Eu acho que é aqui.
Depois que a minha mãe acaba de falar, eu abro os meus olhos vagarosamente e olho para a casa ao meu lado. 




A minha primeira impressão foi "Que casa perfeita!", a segunda? "Que casa maravilhosa" e assim vai. Olho para minha mãe e sorrio com medo.
- Não precisa ter medo (seunome). Vai ocorrer tudo bem. 
- Não to com medo. - falo rápido e com a voz tremula.
- Não mesmo? - minha mãe faz uma cara de dúvida.
- Não. Só estou ansiosa. Você sabe como eu fico, quando estou ansiosa. - me arrumo no banco do carro e coloco a mão no cinto de segurança.
- Sei muito bem. - minha mãe sorri.
Tiro o cinto de segurança e vou abrir a porta do carro, mas antes minha mãe fala:
- Toma cuidado. Qualquer coisa, me liga ta? 
Faço que sim com a cabeça.
- Ta! 
Abraço forte minha mãe, e ela me da um beijo em minha testa.
- Fica com Deus filha. - ela sussurra no meu ouvido.
- Brigada mãe. - respondo no mesmo tom que ela.
Abro a porta do carro e desço. Fecho a porta.
- Tchau mãe. - falo alto.
Ela sorri. Ouço um alto barulho de motor de carro funcionando, e o carro da minha mãe indo embora. Olho para a casa. Fico reparando um minuto nela. A casa é LINDA! Mas não parece casa canadense, e sim americana. Deixo os meus pensamentos para lá. Vou andando em direção a casa. Chego bem próxima a porta e fico procurando a campainha. Acho-a. Respiro fundo e a aperto. Faz um barulho até que bonitinho, mas de repente para. Fico esperando por algum sinal, até que ouço alguém chegando até a porta. Alguém a abre. Meu coração acelera.
- Oi. - uma mulher negra, bonita e de roupa branca atende a porta.
- Oi. - falo sorrindo.
- Você que é a nova babá? 
- Sou eu mesma! 
- Pode entrar. - ela sorri e aponta para eu entrar.
Continua...


Obs: Talvez, daqui a pouco eu posto mais.

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